sábado, 7 de maio de 2011

Ausência...

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.  
Carlos Drummond de Andrade

Um comentário :

  1. Ai! como amo esse poema!!! Esse seu cantinho é mesmo adorável! Bjos querida!

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