sábado, 18 de junho de 2011

Minha verdade espantada é que eu sempre...

Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que ás vezes se extasia como diante de fogos de artifício. Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. E a dor, silêncio. Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver.
Clarice Lispector

Um comentário :

  1. Querida Arione,lindo poema como todos desta mulher Clarice maravilhosa Lispector.Bela escolha neste blog tão lindo!!!
    Bjssssss,Leninha

    ResponderExcluir